O III Encontro Tecendo Sonhos debateu desafios para os micro e pequenos negócios em ano marcado por pandemia, e ainda reforçou a importância das formações realizadas pelo programa
Em um ano marcado pelo contexto da pandemia de Covid-19 e as dificuldades impostas pelo cenário, o III Encontro Tecendo Sonhos teve como tema os desafios e oportunidades para os pequenos negócios da moda e costura.
O evento, realizado no mês de outubro e em dois momentos distintos, apresentou um panorama do setor da moda, costura e sobre a importância do trabalho digno, considerando o contexto atípico deste ano.
“2020 é um marco no programa porque conseguimos melhorar tanto a formação e a capacitação, como romper fronteiras a partir dos conteúdos disponibilizados online, e a expansão para outras regiões e públicos”, explica Cristina Filizzola, diretora da filial da Aliança Empreendedora e coordenadora do programa Tecendo Sonhos.
A programação contou com especialistas, empreendedores, marcas de roupas, organizações sociais, governos e parceiros do setor que compartilharam aprendizados, soluções e propostas.
“Para a ABVTEX (Associação Brasileira de Varejo Têxtil), é de fundamental importância a presença em eventos como este, onde podemos nos relacionar com outros atores e parceiros. Esta participação tem uma relevância significativa, pois o projeto Tecendo Sonhos atua na informalidade, induzindo a formalização dos empreendedores que têm interesse no setor da moda, reduzindo a vulnerabilidade das pessoas migrantes que estão envolvidas neste segmento da economia, promove os direitos humanos e o trabalho digno”, reforça Edmundo Lima, diretor executivo da ABVTEX, parceira da iniciativa.
Um olhar para os micro e pequenos empreendedores
Há três anos o programa Tecendo Sonhos realiza eventos anuais mobilizando parceiros do setor da moda, micro e pequenos empreendedores de facções de costura, a maioria deles imigrantes latinos-americanos, e atores que debatem e promovem o trabalho digno.
Para Lima, o maior desafio em um cenário como este é a sobrevivência desses negócios. “Os micro e pequenos têm dificuldades de acesso à crédito para capital de giro, consequentemente de administrar o seu negócio e ter conhecimentos de gestão – fundamental nesses momentos tão adversos.”
Por isso, neste ano, o Encontro trouxe, em seu segundo dia, um foco específico para as novas ferramentas e oportunidades para o desenvolvimento financeiro dos pequenos negócios geridos por migrantes e refugiados que estão no Brasil, além de experiências e boas práticas. O objetivo principal era abordar a inclusão e saúde financeira, orientando sobre as oportunidades de acesso a crédito e abertura de conta bancária para que os empreendedores migrantes possam organizar e obter segurança nas finanças pessoais e do seu negócio.
“É essencial que esses migrantes conheçam a realidade e a legislação brasileira, e adaptem os seus negócios às essas exigências, conseguindo assim trabalhar de maneira formal e regular no país”, reforça Lima.
“58% dos inscritos no evento não possuem contas bancárias e 95% nunca tiveram acesso a algum crédito”, conta Khin Borges, assessora de empreendimentos da Aliança Empreendedora. As dificuldades são diversas: do idioma, a falta de informação e documentação. Por isso, além do evento online, a equipe do projeto disponibilizou cartilhas de apoio para empreendedores.
“Acreditamos que é importante que as pessoas tenham um terreno fértil e seguro para tocarem seus negócios”, finaliza Filizzola.
Os dois dias do Encontro deste ano estão disponíveis no Youtube e já contam com mais de 1.500 visualizações cada, demonstrando a relevância e a necessidade por conteúdos de qualidade sobre o tema. No total, 1.377 migrantes e refugiados, de São Paulo e Roraima, foram beneficiados diretamente pelas formações ofertadas pelo Tecendo Sonhos em 2020.
A terceira edição do encontro contou com o apoio da MasterCard Center for Inclusive Growth, Inditex, Instituto C&A e parceria da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Associação Brasileira do Varejo Têxtil (ABVTEX), Alinha, Centro de Apoio e Pastoral do Migrante (CAMI), Estilistas Brasileiros, FIAM/FAAM, PAL – Presença na América Latina e Ministério Público do Trabalho.
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